segredodeamor


sexta-feira, março 30, 2007

É difícil dizer o que quer que seja depois de ler este poema. Por isso, não digo. Para não estragar as palavras que escolheste.

Desejo

Desejo-te para que existas em mim
para que definitivamente possa ter-te,
e no meu corpo feito de areia eu desmaio
a cada vaga de espuma branca
que célere avança sobre mim
quando tu, em artes de feiticeiro,
me invades e invocas aos céus
todos os santuários repletos de desejos.
São iguarias de espécie o que me dás
delicados paladares e exóticos cheiros
e quando, à noitinha em êxtase eu bebo
o sémen da vida que de ti brota,
murmuro então o teu nome na minha cama
para que ele inunde o lençol que me cobre.
Oh! Sim, eu murmuro o teu nome
porque só as coisas murmuradas
são audíveis aos anjos que dançam
essa dança que é ter-te diante de mim,
na imensidão do espaço onde o meu corpo
te aperta sufocando o ar que nos separa.
É o querer agarrar-te para que tu existas,
é o querer ter-te em mim e dentro de mim,
é o querer que os meus olhos possam ver,
mais para além da simples miragem de ti!

Gabriela Moura

(Beijo)

Em todas as línguas para todos os visitantes perceberem o que nos une:
Albanês - Te dua
Alemão - Ich liebe dich
Alemão (Suíço)- Ich lieb' Di'
Árabe (Marrocos) - Ana moajaba bik
Árabe (para homem) - Ana behibak
Árabe (para mulher) - Ana behibek
Arménio - Yes kez sirumen
Bahasa (Indonésia) - Saya cinta padamu
Bambara - M'bi fe
Bangla - Aamee tuma ke bhalo aashi
Bielorusso - Ya tabe kahayu
Bisaya - Nahigugma ako kanimo
Búlgaro - Obicham te
Cambojano - Soro lahn nhee ah
Catalão - T'estimoCheco - Miluji te
Cheyenne - Ne mohotatse
Chichewa - Ndimakukonda
Chinês (Cantonês) - Ngo oiy ney a
Chinês (Mandarim) - Wo ai ni
Concani - Tu magel moga cho
Coreano - Sarang Heyo
Corso - Ti tengu caru (para homem)
Crioulo (francês) - Mi aime jou
Croata - Volim te
Dinamarquês - Jeg Elsker Dig
Eslovaco - Lu`bim ta
Esloveno - Ljubim te
Espanhol - Te quiero / Te amo
Esperanto - Mi amas vin
Estónio - Ma armastan sind
Etíope - Afgreki'
Faroês - Eg elski teg
Farsi (Irão)- Doset daramF
ilipino - Mahal kita
Finlandês - Mina rakastan sinua
Francês - Je t'aime, Je t'adore
Gaélico - Ta gra agam ort
Gaélico (Escócia) - Tha gra\dh agam ort
Galês - 'Rwy'n dy garu
Georgiano - Mikvarhar
Grego - S'agapo
Gujarati - Hoo thunay prem karoo choo
Havaiano - Aloha wau ia oi
Hebreu (para homem) - Ani ohev et otha
Hebreu (para mulher) - Ani ohev otah
Hindu - Hum Tumhe Pyar Karte hae
Hmong - Kuv hlub koj
Holandês - Ik hou van jo
Hopi - Nu' umi unangwa'ta
Húngaro - Szeretlek
Inglês - I love youInuit
(Esquimó) - Negligevapse
Irlandês - Taim i' ngra leat
Islandês - Eg elska tig
Italiano - Ti amo
Japonês - Aishiteru
Latim - Te amo
Letão - Es tevi miilu
Libanês - Bahibak
Lituano - Tave myliu
Malaio - Saya cintakan mu / Aku cinta padamu
Malayalam - Njan Ninne Premikunnu
Marathi - Me tula prem karto
Mohawk - Kanbhik
Nahuatl - Ni mits neki
Navajo - Ayor anosh'ni
Norueguês - Jeg Elsker Deg
Papiamento - Mi ta stimabo
Persa - Doo-set daaram
Polaco - Kocham Ciebie
Português - Amo-te
Romeno - Te ubesk
Russo - Ya tebya liubliu
Servo-croata - Volim te
Sioux - Techihhila
Suahili - Nakupenda
Sueco - Jag alskar dig
Swahili - Ninapenda wewe
Tagalog - Mahal kita
Tahitiano - Ua Here Vau Ia Oe
Tailandês - Chan rak khun (para mulher)
Thai - Phom rak khun (para homem)
Tailandês - Wa ga ei li
Tamil - Nan unnai kathalikaraen
Turco - Seni Seviyorum
Ucraniano - Ya tebe kahayu
Urdu - mai aap say pyaar karta hoo
Vietnamita - Anh ye^u em (para mulher)
Vietnamita - Em ye^u anh (para homem)
Yiddish - Ikh hob dikhYoruba - Mo ni fe

quinta-feira, março 29, 2007



Preparemos, então, uma expedição nocturna.
O Sol adormecido envolver-nos-à de trevas, ocultando o ilícito, se é que o chega a ser, e as estrelas estarão lá como testemunhas de mais um acto de amor puro.

O amor faz-nos crescer muito. Faz-nos ser melhores pessoas. E mostra-nos como a vida é uma filigrana sensível onde se misturam emoções contraditórias que nascem dos acasos que nos mudam o rumo. Devo-te isso. Puxaste-me para cima. Fizeste-me chegar onde pensava não ser possível. Hoje estive lá no sítio. Naquela rua de Agosto em que o nosso calor se tornou verbo no olhar e no som. Há lá uma árvore com um tronco muito grosso.

Mensagens pela noite dentro.
"Amor do meu coração, amo-te do fundo da minha alma"

quarta-feira, março 28, 2007



(Erotismo)

Para variar este segredo é o refúgio das saudades. Hoje apetece-me especialmente dizer-te como me sinto pleno na tua intimidade. À vontade. Natural. Como quem respira.

Telepatia pura.


A experiência de te experimentar aqui na minha intimidade privada, foi única. Saber-te meu, fora deste mundo é uma coisa, saber-te meu, partilhando esta realidade, é outra completamente diferente. Adorei ter-te aqui, dentro dos meus limites, dentro dos teus, naquela que é afinal a nossa história. Poderão existir histórias dentro da própria história. A tua vida, a minha e, pelo meio, pelas entrelinhas que se vão escrevendo, a nossa vida, a nossa história que está lá, presente em todos os parágrafos, inconscientemente ou conscientemente regularizando a história que se vai escrevendo. Amo-te e esse sentimento é forte demais para conseguir anulá-lo quando a história é só minha. Inevitavelmente terá de ser tua também. Não consigo destrinçar sentimentos. O amor é constante, portanto, constantemente me acompanha em todos os gestos que faço, em todas as atitudes que tenho, em todas as decisões que tomo. Mesmo que não o queiras, não o poderei evitar.
Amo-te.

(Nascer do Sol)

Há quatro anos que vivemos momentos exaltantes. Cheios de altos e baixos mas desde Agosto sempre em movimento ascendente. Momentos raros e preciosos de felicidade. Acabámos de viver mais um. O que aconteceu antes de ontem marcou-me muito. Muito mesmo. Por uma vez não sei como descrever a avalanche de emoções que senti. Estar no sítio onde há muito queria estar e não esperar que nesse dia lá estaria, é uma situação difícil de descrever. Lembrei-me das noites em que vagueei, em que rondei, em que escondia a frustração de te ter perto mas tão longe andando pelas ruas desertas, cheirando o frio da terra, aquecendo-me com os segredos que nos uniam. E, assim de súbito, vi-me ali, no castelo, na torre de menagem, onde a princesa encantada me esperava para partir de novo até ao nosso mundo, fora desta dimensão medíocre do dia-a-dia que nos furta um ao outro. Mas o Sol ajudou-me muito. De manhã, ao sair, o Sol que me ofuscava ilustrou, com o sentido de oportunidade de que só a Natureza é capaz, a luz que em mim brilhava. Cá dentro.


Amo-te.

terça-feira, março 27, 2007

Sol. Muito Sol. Muitíssimo Sol.

segunda-feira, março 26, 2007

Mais um dia vertiginoso. Única vantagem: ver-te.

domingo, março 25, 2007

Preciso de ti. As saudades apertam. Amo-te todos os dias, a todas a horas, em todos os minutos, em todos os segundos que, cruelmente, passam por mim sem te ter aqui.

Um Dia de Domingo

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter o mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar e outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir a emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer e ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração.


Gal Costa
Sullivan & Massadas

sábado, março 24, 2007

Há dias assim, em que as palavras não acompanham as emoções. Dias estranhos, em que se sente uma coisa e apetece escrever outra. Ou porque a hora muda estupidamente outra vez, ou porque não te vou ver, ou porque .... , nadas e tudos secundários que se tornam actores principais de fitas de cinema de reposição. Mas depois há as coisas sólidas que nos amparam mesmo que não as vejamos à nossa frente. O amor, por exemplo. Por ti.

sexta-feira, março 23, 2007

(Amantes)

Está vento. Regressou, súbito, agreste, profundo, o Inverno que tinha sido expulso por um Verão precoce, que provámos nos corpos nus, então libertos e implodidos no prazer máximo da entrega total, nos suores do prazer, com que forrámos o Sol que nos batia em cheio na pele enquanto nos entregámos, nas caminhadas das serranias, em que provámos olhares, horizontes, medos, loucuras adolescentes.
Esse vento, julgando-se amigo, trouxe-me o teu cheiro, macio e penetrante, daqui de perto. Rondou. Embalou-me. Envolveu-me. Não sabia esse vento que estava apenas a aumentar-me a pena (de ilícito que não cometi) que é não te ver há quatro dias e não fazer amor contigo há cinco.

Amo-te.

quinta-feira, março 22, 2007


Percorro a calçada, a pedra polida pelos transeuntes. A tua ausência sempre presente, nas fachadas dos prédios, nos contornos das pedras, no rio que corta a cidade ao meio. Procuro disfarçar a ausência presente procurando olhar mais atentamente para um tom bizarro das paredes caiadas, para o painel de azulejos que há anos ali foi cimentado e que passa despercebido. A tua ausência persegue-me, não me abandona. Segue-me por ruas e becos, senta-se na mesma esplanada de café, olha-me atentamente enquanto sacio a fome, enquanto trabalho, enquanto estou distraída dela. Esta presença constante que afinal é uma ausência só tem existência porque tu, meu amor, fazes parte da minha vida, e porque ela é a certeza de que ansiosamente espero a tua presença.

(Horizonte)

Sabes o que quis dizer
Quando perguntei
Se querias aceitar
Tudo o que eu te dei
Respondeste apenas com um sorriso
Eu nunca te prometi
O que não te queria dar
Sabes que nesta vida
Há sempre um momento para mudar
Hoje já não sei o que é preciso
Procurei
Encontrar em ti
Algo que não soubeste dar, e agora sim


Mais cedo ou mais tarde
Tu vais entender
Que um amor não se deita a perder
Mais cedo ao mais tarde
Tu vais aceitar
Que não se promete aquilo que não se pode dar
Mais cedo ou mais tarde
Procurei encontrar em ti
Algo que não soubeste dar, e agora sim...



Beto

quarta-feira, março 21, 2007


Um desconforto, uma agonia, um jeito descontente do dia-a-dia.
Uma imagem, um pensamento, um sonho que quero presente.
Falta a voz, o sorriso, o olhar doce e atrevido.
Falta o toque, o beijo, o arrepio sentido.
Falta o calor do corpo, a ternura do olhar.
Faltas TU, aqui, para me amar.


Assobia o vento nas frestas
cerradas das janelas transparentes
e te vejo nos assobios insinuantes.
Traz-me o indizível aroma
dos poros do teu olhar repousado
no calor do meu amor suado.
Palavra por palavra,
assobio por assobio,
deposita-me, enfim, nos lábios
as palavras húmidas num corropio.



Primavera. Poesia. Amor. Tu. E eu. Amo-te.

terça-feira, março 20, 2007

Um amor de fazer parar o trânsito. Assim é o amor que nutres por mim. Assim o provaste.
Eu adoro as tuas loucuras!! : - )


O Guardião do Palácio passou a ser o Guardião do Amor.


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
(...)
Luís de Camões.

segunda-feira, março 19, 2007



AMO-TE!

(Chegada)

Sim, meu amor, por vezes também sinto que os Domingos são eminentemente depressivos. Depois de fins de semana paradisíacos como os que temos a graça de poder ter, o Domingo, o originário dia do descanso, é para nós o malvado dia da separação. Nunca somos os mesmos ao Domingo. Mais silenciosos, mais tristonhos, com um sorriso mais débil. Pressentimos a semana corriqueira e, pior de tudo, sem o outro à mão. Custa ver-te partir. Mas essa é só a maneira de poder voltar a ver-te chegar. E essa alegria supera a anterior tristeza.

domingo, março 18, 2007


O desejo permanente, superior ao corpo que habita. Amar-te, amar-te eternamente, numa levitação constante, onde o voo nos permite atravessar a via láctea e voar por galáxias desconhecidas, sobrevoar palácios encantados, símbolos do romantismo, do amor, palácios encantados onde, por entre estranhos, alheios ao mundo, nos beijámos, nos desejámos, nos amámos.



O Sol entrava directamente pela janela escancarada onde te possuí com o mundo a ver sem saber. Subitamente, de entre a luxuriante folhagem, emergia uma silhueta imponente que dava mais intensidade ao nosso movimento. Parecia uma visão, uma aparição, um milagre. De surpresa, de luz, de emoção. Eu, abandonado ao teu prazer, seguia-te não sei por que estrada, não sei por que atalhos para o outro mundo. O mundo onde só tu estás, onde só tu mandas, onde só tu me mexes com a arbitrariedade encantadora do desejo. Sou teu. Todo.


A bandeira. O beijo.


Sítio após sítio, terra após terra, vai aumentando o nosso roteiro do amor.

sexta-feira, março 16, 2007


A Primavera de Boticelli. A minha é muito mais bonita.

Procurava ao acaso algo para te oferecer. Deparei-me com este texto perdido, algures, na internet. Achei que se adaptava perfeitamente a nós. Nunca tive a oportunidade de ler a obra, mas o certo é que o seu autor, no recôndito século XIX, já conhecia o nosso segredo de amor.

“Os amantes separados iludem a ausência por meio de mil coisas quiméricas, que têm, todavia, mais ou menos realidade. Impedem-nos de se verem, roubam-lhes os meios de se escreverem, mas eles acham um sem-número de misteriosos modos de correspondência. Enviam-se mutuamente o canto das aves, o perfume das flores, os risos infantis, a luz do Sol, os suspiros do vento, os fulgores das estrelas, a Criação inteira. E porque não há-de ser assim, se todas as obras de Deus foram feitas para servir o amor e se ele tem sobeja grandeza para fazer da Natureza inteira a Sua mensagem? Ó Primavera, tu és uma carta que eu lhe escrevo.”

Excerto de “Os Miseráveis” de Victor Hugo


A fita de Moebius é uma só fita em que, sem se sair dela, se passa calmamente pelos seus dois lados diferentes. É um dos objectos utilizados paar explicar a existência de várias dimensões da vida. Nós os dois somos uma fita de Moebius.

quinta-feira, março 15, 2007

É indistinto o tempo do nosso amor. Não há noite, não há dia. Nem tarde ou manhã. Há amor, há alegria, há estar assim ou a ver-te ao pé de mim. Essas são as novas horas que regem o meu tempo.

quarta-feira, março 14, 2007


AMO-TE CADA VEZ MAIS.

terça-feira, março 13, 2007

Tu fazes parte do meu dia-a-dia. Eu sei que é um bocado pimba a frase. Mas é verdadeira. Eu amo-te e tu fazes-me descobrir a mim próprio. Sempre achei que me conhecia mal. Tu vieste prová-lo. Fizeste-me descobrir um corpo que não conhecia. Fizeste-me descobrir capaz de escrever indefinidamente sobre o amor, que eu não sabia. Tu estás a fazer-me. E eu, a adorar a obra. Desejo-te como nunca. Tenho fome do teu olhar. Do teu som. Da tua calma. Do teu espírito. Do teu atrevimento solto em mim. E do teu corpo que se faz parte do meu no momento em que transcendemos sem saber onde estamos e o que fazemos.

(Doçuras)

(Tempo)

Sim meu amor, também a tua natureza me transforma. Sinto um desejo louco, louco, louco de fazer amor contigo. De rompante. Como naquele dia de Agosto. Como naquele dia de não sei quando, como no outro e no outro dia. Enquanto um Sol fraco se derrama pelas casas, pelas ruas, pelos objectos, se há horizonte na vida de hoje, és tu. Hoje tenho pensado muito sobre se há um não tempo ou se o que de bom a vida nos traz é dentro do tempo. A que tempo pertencem as emoções que não exteriorizamos? E que ninguém toma conhecimento. Elas sucedem-se em catadupas e só uma ínfima parte vem cá para fora, para o mundo conhecido, para o tempo. As mortes fazem-me sempre pensar muito, o que é um enorme defeito para alcançar a felicidade. Mas isto, lá está, é no tempo.

Amo-te para além do vento, para além do sol, para além do mar, para além de todos os elementos. Esta força da natureza que trago cá comigo seria capaz de fazer a Terra girar ao contrário, da mesma forma que a sinto a girar ao contrário quando tu me inundas com a tua natureza.

(Vento)

Nós não somos programa, somos amigos do vento, sem destino nem direcção. Somos os dois, sentados na cadeira do presente, companheiros da vida, amantes da vida, autores da vida. Somos os dois. E isso é todo um programa, sem agendas nem calendários. Nós.

segunda-feira, março 12, 2007

Degusto já o próximo momento. Abandonar-me-ei a ti. Ao teu desejo.



Voar.

Olho à minha volta e vejo papéis amontoados, desordenados. Sinto uma vontade de os ordenar, por certo sabendo que daqui por uns dias o amontoado voltará a crescer. Enquanto tento ordenar as ideias e os papéis, os meus pensamentos voam, impedem-me de ter a concentração que preciso. Não os impeço. Nunca os impeço de voar quando sei que voam na tua direcção. Na nossa direcção. Saudades, é o que sinto. Saudades de te ter junto a mim, nem que fosse aqui nesta cadeira ao meu lado observando-me enquanto tento ordenar os papéis, as ideias, o trabalho atrasado.
Entretanto o telefone dá sinal de mensagem. És tu. Também tu, do outro lado, pensas em mim. Também tu, do outro lado, escreves. Foram, certamente, os meus pensamentos voadores que entretanto aí chegaram.


Uma indizível sensação de contacto, de uso, de prazer, de unicorporalidade. Quando nos evadimos deste mundo através da fusão perfeita, dos odores que somos e instilamos no outro, da partida para as pradarias onde só nós e a Natureza reinamos, o Tempo é outro, outra dimensão, outra vida.

domingo, março 11, 2007

Meu Amor,
Apetece-me escrever de nós. Depois de um fim de semana cheio de emoções. Boas. Más. Ou de tanto faz. E, todavia, por todo ele perpassou uma lembrança e uma emoção. Tu. Tu, que és parte de mim, um prolongamento, um complemento, um gesto, um sorriso, um olhar, uma interacção corporal, foste tu que este fim de semana não tive. Tu, que és hoje o lugar onde habito mesmo quando estou fora. Que és a serenidade, mesmo se nervosa, que não tenho. Que és a Mulher que eu amo. Totalmente.

AMO-TE!

sábado, março 10, 2007


Também cá longe, meu amor, nas horas esquecidas das mil e uma actividades que me vão ocupando o fim-de-semana, és uma presença constante. Em todas as palavras te encontro, em todas as caras te cruzo, em todos os cheiros te sinto, em todos os ruídos te oiço. É um conforto interior que me preenche, que me retira as angústias, é como um dos quartos quentinhos onde partilhamos o nosso amor. É como um cobertor de lã, uma lareira acesa, um cheiro a terra molhada, lá fora, e agora com o calor que nos brinda, uma brisa quente, um cheiro a pólen, um zumbido de abelha por entre um prado de flores, um cheiro de mar. É algo que consola e que sinto em permanência, mas que é difícil de explicar, assim, por palavras.
Amo-te.

(Fonte)

O amor começou-me no Verão, enervou-me no Outono, aqueceu-me no Inverno e irradia com a Primavera. No ar que me bate na cara, na nitidez das formas da cidade, na luz que inunda as janelas. Tu estás por todo o lado porque estás na minha alma. E se já temos história. Sítios, ruas, tons, casas, terras, se já temos, caramba. Somos um roteiro de sentimentos. Somos caminhos de vida. Somos.

sexta-feira, março 09, 2007


When The Stars Go Blue. Bono e os The Corrs. Uma das nossas músicas pela parte que me toca. Lembram-me os dias de inverno em que esperava que viesses. De um Inverno que já parece distante, se olharmos ao estio de hoje, ainda que efémero, precoce, fugidio, traiçoeiro. Tu és o que transcende as estações do ano. O nosso amor é um raio de luz que existe para além das nuvens. Para além das contrariedades. Para além dos ses.



Dancin' where the stars go blue

Dancin' where the evening fell

Dancin' in your wooden shoes

In a wedding gown

Dancin' out on 7th street

Dancin' through the underground

Dancin' little marionette

Are you happy now?

Where do you go when you're lonely

Where do you go when you're blue

Where do you go when you're lonely

I'll follow you

When the stars go blue, blue

When the stars go blue, blue

When the stars go blue, blue

When the stars go blue

Laughing with your pretty mouth

Laughing with your broken eyes

Laughing with your lover's tongue

In a lullaby

Where do you go when you're lonely

Where do you go when you're blue

Where do you go when you're lonely I

'll follow you

When the stars go blue, blue

When the stars go blue, blue

When the stars, when the stars go blue, blue

When the stars go blue

When the stars go blue, blue, blue

Stars go blueWhen the stars go blue

Where do you go when you're lonely

Where do you go when you're blue, yeah

Where do you go when you're lonely

I'll follow you,

I'll follow you,

I'll follow you

I'll follow you, I'll follow you, yeah

Where do you go, yeah

Where do you go,

Where do you go


O amor é a Festa da Primavera. Nós.

quinta-feira, março 08, 2007

Amo-te!

A partilha. Não só nas coisas boas, também nas menos boas. Sofrer em conjunto, tentando atenuar a dor. Longe, mas com a preocupação na cabeceira da tua cama.
Amo-te.

Melhora depressa meu amor.

Dorme com os anjos, meu amor, e sonha comigo.
Amo-te!

quarta-feira, março 07, 2007

(Foto)

O tempo tem um ritmo. A vida tem um ritmo. As emoções têm um ritmo. Tu és o meu ritmo. Porque divides o meu tempo, marcas a minha vida e timbras as minhas emoções.

terça-feira, março 06, 2007

(Tejo)

É noite. Outro hotel, outras camas, outro ar, outro cheiro, sem velas, sem telhados, apesar de uma vista nocturna espantosa também sobre o Tejo. Mas este é outro Tejo. Não é o mesmo Tejo dos últimos dias. Esse, já longínquo, tinha a tua cara, o teu sorriso, os teus olhos, os teus brilhos, o teu cheiro. E eu, aqui, noutra noite. Só com as tuas palavras, que acabei de ouvir. Não, não conseguia dormir sem vir aqui deixar bem claras as diferenças. O quarto está vazio sem ti. Mas por dentro estou plenamente acompanhado de ti.

segunda-feira, março 05, 2007

Hoje voltei aos locais onde o nosso amor ainda é anónimo. Pensei que se há uns meses atrás seria difícil mostrar que te amava, hoje o mais difícil seria escondê-lo. Como será possível a presença a teu lado diferente daquela que tenho tido? De ganas de te amar, de te beijar, de te ter nos meus braços. Depois da intimidade e da cumplicidade que vivemos a pose formal é a farsa que temos que alimentar. Fica-nos o olhar cúmplice do “só nós é que sabemos”, a alegria interior e os pensamentos partilhados dos dias magníficos que temos vivido.


Tenho a sensação que te conheço, que já consigo adivinhar-te as reacções, os movimentos, que sei sempre para que lado me devo virar para sentir o vento. No entanto, e é aí que paira o encanto, haverá sempre uma brisa que, não se sabe vinda de onde, dá uma guinada e despenteia-nos o cabelo. Fico assim, sem norte, surpreendida pelo vento que me enche os cantos da casa, que faz serpentear as cortinas. Adoro!

domingo, março 04, 2007

Ao teu lado tudo se simplifica, tu resplandece. Ao teu lado sinto-me única, especial. Ao teu lado reina a paz, a harmonia. Seja rodeados de história, seja nas ruas do dia-a-dia, quero estar ao teu lado para me sentir assim.
Amo-te.


Dias inesquecíveis, com uma mulher inesquecível. Aqui, aqui mesmo, num canto anónimo da cidade das cinco civilizações, outra civilização a visitou em recato, em evasão, em amor puro. Amor do corpo, amor do olhar, amor das convivências pequeninas do dia-a-dia e do noite-a-noite. Da comida para alimentar o corpo, das dores, das cumplicidades, dos silêncios de amor, das exuberâncias anónimas em ruas de História e de histórias. Agora também da nossa história que é grande, que é enorme, de amor e de comunhão integral. Para trás desta porta só nós sabemos, só nós saberemos o que fomos. As nossas transgressões, os nossos segredos, as nossas fugas para planetas que não há mas onde vamos. Essa gloriosa intimidade que é a nossa liberdade perante o mundo e perante a vida, perante os outros e perante nós, que é o tesouro que já ninguém nos pode tirar. E, depois, o teu cheiro que se entranha na minha pele e que é um filme de roteiros onde nos entregámos e que é sempre presente, mesmo quando volta a ser apenas um futuro.
Amo-te!

quinta-feira, março 01, 2007

Até já, meu amor.