terça-feira, março 13, 2007

(Tempo)

Sim meu amor, também a tua natureza me transforma. Sinto um desejo louco, louco, louco de fazer amor contigo. De rompante. Como naquele dia de Agosto. Como naquele dia de não sei quando, como no outro e no outro dia. Enquanto um Sol fraco se derrama pelas casas, pelas ruas, pelos objectos, se há horizonte na vida de hoje, és tu. Hoje tenho pensado muito sobre se há um não tempo ou se o que de bom a vida nos traz é dentro do tempo. A que tempo pertencem as emoções que não exteriorizamos? E que ninguém toma conhecimento. Elas sucedem-se em catadupas e só uma ínfima parte vem cá para fora, para o mundo conhecido, para o tempo. As mortes fazem-me sempre pensar muito, o que é um enorme defeito para alcançar a felicidade. Mas isto, lá está, é no tempo.