segredodeamor


quarta-feira, janeiro 31, 2007



Luz, muita luz.

Memórias Douradas
O preço abusivo de um couvert marcará simbolicamente outro momento novo como o que vivemos hoje.

Outra pequena conquista: a tua assiduidade aqui. Que sensação abrir o blogue e ler-te...

O nosso amor é um privilégio mas tem sido a escalada a pulso de uma alta montanha. O melhor é a inconsequência das dores, das feridas e dos precalços da subida. Esses desaires nem se sentem só de pensar no momento seguinte e na felicidade que ele nos trará. Às vezes uma felicidade de um singelo sorriso ou de uma autêntica gargalhada. Outras vezes uma felicidade feita de entrega e fusão, em que os nossos dois corpos se transformam apenas em um. Em vez de escalarmos o Everest, amamos. Cada momento de liberdade é um sabor requintado. Cada liberdade nova é uma descoberta. Cada passo em frente é ficar mais pertinho do Céu.

Liberdade. Palavra fácil de definir, difícil de transpor o sentido para a realidade. Tal como a felicidade, que não acaba na sua definição, mas na soma de pequenos momentos dos quais vamos usufruindo ao longo da vida, o mesmo se passa com a liberdade. Ainda não foi há muito tempo que íamos aqui assinalando as pequenas liberdades que íamos alcançando. Continua a fazer sentido. Hoje transpusemos mais uma. E foi tão bom estar ali perto de ti, olhar-te nos olhos, dizer-te baixinho que te amo, com o desejo a querer saltar do esconderijo, com vontade de abrir ainda mais a cortina.
Amo-te!

Vou sonhar contigo. Amo-te.

terça-feira, janeiro 30, 2007

À tua espera, meu amor.

Sim, sinto, muito perto! O teu cheiro ronda-me, as tuas palavras de ontem, hoje, bailam-me na memória presente. Uma vontade louca de fazer amor contigo!


Estou a ouvir música e a trabalhar. Aqui, sentada nesta secretária, onde ontem trocámos palavras, confidências, intimidades, custa concentrar-me no que estou a fazer. A mente voa para junto de ti, sem que eu a consiga impedir. Sentes-me perto?

Sempre que o amor me quiser

Sempre que o amor me quiser
Basta fazer-me um sinal
Soprado na brisa do mar
Ou num raio de sol

Sempre que o amor me quiser
Sei que não vou dizer não
Resta-me ir para onde ele for
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim

Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão

Sempre que o amor me quiser
Sei que a razão vai perder
Que me hei de entregar outra vez
Como a primeira vez

Sempre que o amor me quiser
Vou-me banhar nessa luz
Sentir a corrente passar
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim

Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão
Sempre que o amor me quiser

Lena d'Água

Que bom que é ter-te aqui tão perto de mim. Sentir os teus dedos que procuram as letras, que juntam as palavras doces e enamoradas que me escreves.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Messenger

Amiguinhos do amor. E da secreta e do secreto.

Meu Amor,
Depois da sedução, do encantamento, do arrebatamento, do cíume, estou a experimentar uma nova sensação em relação a ti: a protecção. Não que os outros estados de alma tenham desaparecido, antes se têm somado uns aos outros. Sei que és maior e vacinada, mas a ideia de que alguém pode sequer tentar pensar em aproveitar-se de ti é suficiente para me pôr à beira de um ataque de nervos. Amo-te.

É uma verdadeira delícia pressentir as tuas visitas, hoje finalmente assíduas ao nosso esconderijo de amor!

Nada melhor do que começar bem a semana! Bom dia meu amor e bem vinda ao mundo maravilhoso das novas tecnologias, que nos tem permitido suprir os momentos em que estamos longe um do outro. Sem elas teríamos sofrido muito mais... Mas nos outros séculos, sem internet, sem telemóveis, sem sms's, o amor quando era forte sobreviveu.

Bom dia meu querido.
Finalmente as novas tecnologias invadiram-me a casa. Serão elas que, no aperto da saudade, me permitirão chegar até junto de ti, mesmo à distância. A tecnologia tem sido nossa cúmplice e continuará a ser. Que seria do nosso amor em meados do século XX?

Amo-te!

(vou fazer um pic-nic ;-)


Nós somos um equilíbrio perfeito. Quando fazemos amor, quando nos entregamos um ao outro sem reservas nem limites, é uma dimensão da perfeição humana que se revela. Nada sai mal, nada sabe mal, nada se compara ao estado de extase que atingimos. O tempo desaparece e só volta quando nós desistimos de lutar contra o orgasmo inevitável. Eu amo-te plenamente.

domingo, janeiro 28, 2007



Insinuações do tempo por viver.

Desligámos, enfim. Agora, que o sono me trai, ficava aqui horas a escrever de nós.

Escreve-me na tua agenda.
Entranha-me no teu perfume.
Degusta-me no teu chocolate.
Ouve-me no teu cd.
Dedilha-me no teclado do teu telemóvel.

Teu.

sábado, janeiro 27, 2007

Quando passam muitas horas sem saber de ti a inquietação apodera-se de mim e não há nada a fazer.



Meu amor,

Mergulhei em ti quando descobri que te amava. Quando se me revelou este estado de encantamento e arrebatamento que há muito desconhecia a pontos de pensar que o meu fado excluía a graça da paixão. Mas não. Devo-te este renascimento. Que se somou ao desejo irresestível que sentia quando te via. E hoje, não estás só. Amor é também defender incondicionalmente. É o que farei. Defender-te incondicionalmente. Amo-te.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

O teu sorriso livre entrou pela avenida dentro e conseguiu aquecer o frio que circulava por entre as velhas pedras. A tua pele encostada à minha aqueceu-me por dentro como se estivéssemos a fazer amor a céu aberto sem que os passantes percebessem. Uma intimidade diferente no meio da estranha liberdade de beijarmos juntos o vento frio que soprava.

quinta-feira, janeiro 25, 2007


Segredos de amor.

Magnum é uma marca de pistolas. Mas também é uma marca de chocolate. Os sítios do nosso amor também são um roteiro de objectos. De objectos de amor. Quase tudo o que nos rodeia é afrodisíaco, visto que nós somos o afrodisíaco um do outro. Mas o Magnum a escorrer pela tua boca, a espraiar-se pelo teu sexo, a derreter-se na tua pele rasa dá um sabor exótico ao nosso amor.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

(Nudez)

Enquanto o clima nos trata a chicote, é uma dádiva repousar na estabilidade do teu corpo entregue, na certeza do teu amor constante, mesmo quando estás distante. Aquece por dentro senti-lo, quando o frio nos bate na cara e nos magoa as mãos. Hoje, ao passar numa rua especial, perdida no meio do bulício, deparei com um ninho perfeito para o nosso amor. Talvez as nuvens carregadas, a pingar, combinadas com a violência do frio, me tenha estimulado a pensar que naquela paisagem, naquele ambiente, só faltava uma coisa para a perfeição: o nosso amor, o nosso prazer olhos nos olhos.

terça-feira, janeiro 23, 2007


O desejo aperta.

É quando chove que me faz mais falta mergulhar no teu mar.
É quando está frio que me faz mais falta a temperatura do teu corpo.
É quando o Sol desponta que mais me apetece o brilho do teu olhar.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Saí da reunião. Um vento forte e cortante batia uma chuva miudinha que apelava a um recanto quente e acolhedor. Um cinzento claro destoava no céu. Quase não conseguia ouvir o que me diziam. Qualquer coisa de imobiliário, de negócios, em suma de dinheiro. Por todos os lados se vêem prédios em reconstrução, obras. Eu só pensava em ler a tua última mensagem e em responder-te.


Bom dia meu querido.
A segunda-feira por norma é um dia fora da norma. Cinzentão, tristonho, com pouca energia positiva. O primeiro dia de uma semana inteira de trabalho - deprimente.
Hoje, inclusive, ouvi na rádio, que esta quarta segunda-feira do ano era considerada a mais deprimente de todas as segundas-feiras que o compõem. Não me perguntes porquê. Faz parte daqueles estudos que não servem para nada senão para entreter a nossa instintiva curiosidade.
Apesar das contrariedades constatadas ou comprovadas que envolvem as segundas-feiras, hoje não me sinto nada embalada por essa depressão. Sinto-me leve de espirito, parece que flutuo. O antever um encontro contigo, nem que seja por breves instantes preenche-me imediatamente a semana e as segundas até podem ser sextas.
Esta liberdade de escolha, de decisão, que antes não conhecia, dá-me uma sensação de liberdade nunca antes por mim experimentada. E só agora, que começo finalmente a afuguentar os meus fantasmas, me apercebo que esta liberdade é real, é minha e que posso desfrutar dela "sempre que o amor me quiser". "Basta fazeres-me um sinal".

domingo, janeiro 21, 2007

A vida para além de nós. Nunca podemos viver uma só vida. Por muito que queiramos. Por muito que nos custe. Por muito que nos apeteça. Este fim de semana, para variar, andaste sempre nos meus pensamentos e no meu coração. Mesmo com os corpos distantes, ao contrário do que nos sucedeu no anterior fim de semana. Não sei como mas viajei por muitos lugares da tua terra em que vagueei a pensar em ti, a falar contigo, quando o segredo de amor era mais segredo. Percorri um roteiro de afectos e de sentimentos. Tentei visualizar o que estarias a fazer. Tentei visualizar a tua expressão. Imaginei como estarias vestida. Pareceu-me ouvir as tuas gargalhadas sensuais. Tudo para compensar o vazio de não poder tocar-te. E quando pude sentar-me no meu banco de jardim da Avenida não consegui evitar lembrar a última conversa telefónica que tivémos comigo ali sentado. E confortei-me então, no frio cortante que soprava, com o rasto da temperatura do teu corpo no meu que dura desde sexta-feira.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Bom dia, meu amor. Agora tem sido a minha vez de vir aqui buscar forças e inspiração. De beber as minhas emoções nas tuas palavras. De antever a felicidade que está para vir. De imaginar outra primeira vez. É sempre primeira vez. Nunca vivi um amor assim.

Bom dia, meu amor. Os dias antes não são tão bons como os próprios dias, mas sente-se a expectativa no ar, inspira-se já a felicidade que está para vir.

quarta-feira, janeiro 17, 2007


Sinto a cidade fria, vazia sem a tua presença. Altero-me com pequenos nadas do dia-a-dia, simples, banais, pouco importantes. Culpo as nuvens cinzentas que cobrem o céu, a leve aragem fria que me toca a pele, os pássaros que ainda não regressaram do Sul. Culpo os obstáculos que se atravessam no caminho, o condutor oportunista que se aproveita da distracção para percorrer o caminho que era meu, o semáforo que se tingiu de vermelho sem me deixar seguir viagem. Culpo as pessoas, o mundo, o universo. E depois paro. Analiso. Reflicto. Simplifico. Comparo o que tenho, o que tinha. Olho para o céu e vejo que afinal o Sol brilha por detrás das nuvens. É lá que tu estás, é lá que está a plenitude que me serve de droga e da qual sinto a falta quando não estás por perto. Um delicioso vicio para o qual não me importo de sofrer com a privação.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Detive-me a contemplar as arribas que foram nossas testemunhas. Pensei em como tens entrado na minha primeira adolescência, depois de me teres dado a segunda. Antes de serem nossas testemunhas, elas foram minhas testemunhas. Naquele mar sonhei. Naquela grandeza da Natureza me fiz por dentro. E nós, ali. Eu e tu . Tu, em mim. Ou de como uma velha infância se converte numa nova vida.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Fazer amor contigo, como o fizemos neste fim-de-semana é a consagração do amor.
Olhar-te nos olhos, transmitir-te o que sinto através desse olhar, a revelação.

Velha Infância

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa

De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa

De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância.


Composição: Arnaldo Antunes/ Carlinhos Brown/ Marisa Monte


Hoje sinto a tua falta mais do que nos outros dias. Não é sofrimento, nem é angústia, é apenas um voluptuoso sentimento de paz interior, de certeza, de nitidez, de saber que és tu que me completas mesmo à distância. Um sentimento contraditório de privação e ao mesmo tempo de felicidade por ter encontrado a outra parte de mim.
Os dias mágicos que vivemos, só para nós dois, foram para além de idílicos, esclarecedores para uma relação vivida sempre com limites temporais, geográficos, sociais.
Apercebo-me que agora te conheço ainda melhor, e adoro, amo o que conheço.
A comunhão de alma, de espírito, de amor que se transpôs e que foi transposta para a envolvente natural e cultural que escolhemos para nos rodear foi perfeita, tal como o disseste. Paz, amor, felicidade, é tudo o que sinto e é tanto, tendo em conta o mundo em que vivemos e especialmente tendo em conta tudo o que já vivemos.
Quem lá voltar já não encontrará as palavras de Byron, trouxemo-las connosco daqueles locais mágicos que cheiram a história, que transpiram romantismo, ficaram-nos impregnadas no corpo, na alma, aprisionadas nesta que é a nossa história de amor.

Não saberia agora como viver sem ti, ficaria sem âncora, à deriva num futuro incerto, que também é o nosso, mas o qual o auspicioso presente ultrapassa.

AMO-TE ainda mais.

domingo, janeiro 14, 2007


(Silêncios)

O fim da tarde de domingo é o tempo mais depressivo que conheço do calendário semanal. Tudo parece decadente. Cheira a fim de festa. Nem que seja a festa de um fim de semana único, ou calmo, ou preenchido, ou alegre, ou triste, ou apenas assim-assim. Hoje não consigo sentir isso. Sim, acho estranho não estar contigo. A falta da tua voz, do teu olhar, do toque da tua pele na minha. Devia sentir-me como sinto em todos os fins de tarde de domingo. A pastelaria estava quase vazia e os empregados reduzidos a metade do habitual quando fui beber o último café do dia. Mas não, não consigo. Porque, meu amor, este fim de semana foi o nosso primeiro fim de semana e foi perfeito. Sem sombras. Com liberdade íntegra. Num local absolutamente histórico e paisagisticamente indescritível de tão belo. Havia também um silêncio. E este silêncio foi muito importante. Permitiu que nos ouvíssemos melhor. Pudemos olhar as estrelas no céu miraculosamente nítido, uma silhueta imponente num alto vigiando-nos cumplicemente como que sorrindo da nossa felicidade. O silêncio permitiu que o nosso amor sobressaísse, se mostrasse, entrasse pelos nossos olhos dentro, pelos nossos corpos dentro. Não, não consigo acompanhar o clima depressivo dos fins de tarde de domingo. O meu fim de semana foi demasiado poderoso, como tu dizias, para que ceda à força do espírito do calendário destas horas que antecedem uma nova semana.

sexta-feira, janeiro 12, 2007



The Glorious Eden.

O clima é um ambiente difícil de descrever por palavras. É um conjunto de factores que ocorrem exterior e interiormente e que conduzem a uma situação emocional. Hoje o clima que sinto entre nós é paradisíaco. Assim como o sítio onde vamos mergulhar o nosso amor, o nosso desejo, a nossa sede um do outro. Amo-te.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

(Ampulheta)

O tempo agora tem uma nova marcação. Já não os dias ou as noites. Já não as estações do ano. Já não as horas, os minutos e os segundos. Agora, a nova divisão do tempo é apenas esta: estarmos juntos.

Que bom sentir a tua visita. Sentir que mesmo longe estás perto, estás aqui.

Bom dia, meu amor.

quarta-feira, janeiro 10, 2007


A vida é tão misteriosa. Os sentimentos humanos tão imprevisíveis. Imprevisíveis e na maior parte das vezes incontroláveis. A relação que construímos, com o amor que nasceu, com a cumplicidade que alcançámos, com a entrega que decidimos partilhar, ao longo destes anos, transformou-se de tal forma, que o somatório é uma história de amor como nunca li em livro algum. Talvez por ser banal, o que não me parece, ou talvez por nunca ninguém a ter vivido. Os autores sempre revelam um pouco de si em cada página escrita.
No início, eras a minha obsessão, estava disposta a mover montanhas para te ter, mas o teu pragmatismo, a tua falta de entrega, em campos que eu considerava fulcrais, transformaram a minha visão romanesca, numa visão mais utilitária dessa relação. Tinha o que podia, e sabia quais eram os limites que não podia ultrapassar para poder manter o que tinha. Contentava-me com uma relação menos apaixonante só para te ter.
Hoje o amor é recíproco, a paixão arde como nunca ardeu, a necessidade que temos um do outro, este querer sem limites, para mim, fazendo uma retrospectiva, é quase um milagre. Embora o tenha pensado no início, mentalizei-me gradualmente, para o facto de que nunca poderia acontecer.
E por isso chorei quando me disseste pela primeira vez que me amavas, com o verbo AMAR. Não viste, porque estavas longe. A emoção foi tão forte que, fiquei paralisada por uns momentos, tentando assimilar e compreender o que me estava a acontecer.
E depois foi uma catadupa de emoções que jorravam hora a hora, dia a dia, que quase não tinha tempo de as poder analisar e interiorizar. Tive que me “desmentalizar”, o que não foi fácil, como não foi fácil passar por estas transformações ao mesmo tempo que a minha vida paralela a esta relação, também se transformava.
Passámos rapidamente, como um raio passa da nuvem ao solo, da planície para o topo da montanha. Hoje estamos lá, no cimo da montanha, já hasteámos a bandeira do nosso amor, falta apenas soltá-la ao vento para que ele leve a boa nova.

Quanto a feitios, cada um tem o seu…

terça-feira, janeiro 09, 2007

A manhã acordou cinzenta e fria. Mas o Sol e o calor chegaram logo pela hora do pequeno-almoço. Seria lindo qualquer sítio onde eles chegassem, até o sítio mais feio.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

O nevoeiro forra as ruas e provoca uns fumos ascendentes nas águas do rio. Há uma certa decadência espalhada nas ruas com as luzes de Natal apagadas mas não desmontadas. O fim de festa deixa sempre o rasto de um vazio, de um vazio frio, triste, desnudo. As ruas estão desertas. As janelas cerradas. Pequenas frestas de luz dão sinal da vida das casas.
E eu quente por dentro. Feliz com uma tarde cheia, plena, perfeita. Repetir que fizemos amor como se tivesse sido a primeira vez? Repetir a plenitude que me és? Repetir a sensação única de te deixar explorar-me a teu bel-prazer como nunca nenhuma mulher conseguiu ou, se calhar, quis? Não, repetir não, porque é como se fosse a primeira vez que to digo.

domingo, janeiro 07, 2007

(Lua Cheia)

Chegou o momento de te dizer que não me lembro de alguém me conseguir perturbar tanto como tu. É um poder assinalável e, sobretudo, raro. Muitas coisas na vida o conseguem fazer. Até, por vezes, pequenos nadas. Insignificâncias, como uma particular tonalidade mais triste do céu, ou uma inoportuna visão de um animal repelente na televisão. Mas pessoas... ui, há quanto tempo. Hoje, chorei, não tenho vergonha de to dizer. De impotência. A impotência é das raras coisas que me afectam o sistema nervoso.
Não sei se no amor consegue caber uma noção utilitária como um "preciso de ti", como te disse há bocado. Mas se não couber, paciência, é verdade na mesma. Preciso de ti, além de te amar ou porque te amo.
Hoje, ao entrar no carro à mesma hora a que viajávamos há uns dias, sintonizei o meu programa de rádio preferido. Tu já sabes qual é. E foi impossível não me lembrar que há oito dias, precisamente o estava a ouvir contigo, no carro, a caminho de uma noite de sonho. Mas sobretudo a caminho de umas horas únicas, a céu aberto. Mesmo à noite o céu pode estar aberto.

sábado, janeiro 06, 2007

Pensar e escrever é um risco. Posso assustar-te.

Dói-me o teu vazio.

Tenho um frio medonho.

É miseravelmente cedo.


Por vezes penso que me conheço mal. Creio padecer de uma patologia obsessiva. Que me leva a mover montanhas para alcançar o que quero no momento. Que me conduz a uma espécie de vertigem de secundarizar tudo em função apenas de mim e dos meus objectivos imediatos. O que pode implicar consequências nas minhas relações com os outros, mesmo sabendo eu que esse é mal meu. Nos que privilegio quando não me correspondem, nos preteridos quando o sentem. E quando eu embato nessa realidade de descompensação sucede-me um estranho desamparo, uma gélida sensação. Ninguém vive assim. Ninguém consegue viver equilibradamente assim. A dúvida é se sou mesmo um desequilibrado.
Compreensivelmente a vida faz-se de múltiplas relações e compromissos sociais. O problema é que eu já não tenho nenhum. Não me sinto preso a nenhum. Mas a verdade também é que já não consigo pensar que tenho tempo para tudo. Já tive. Agora o que me dilacera é saber que já não poderei fazer o que deixei de fazer. Apenas poderei fazer o vier a poder fazer. Já não o que teria podido fazer hoje, ontem, antes de ontem. O modo como olhamos e nos relacionamos com o tempo muda. Provavelmente já vivi mais de metade da minha vida. Isso muda tudo? O problema está mesmo em mim. Sendo por isso injusto fazer pagar alguém por defeito meu.

(Nevoeiro)

Inverno
Acordei. Falámos. Tomei banho. Saí. Precisava sair rapidamente. Tomar ar. Tomei. O Inverno tinha descido sobre a Avenida. Os bancos de jardim onde outrora falámos em segredo eram meras silhuetas longínquas. Não resisti e sentei-me. Queria ler. Mas não me apetecia. Este Inverno consegue ser brutal. Repentino. Súbito. Chicoteia-nos de surpresa, depois de nos conceder minutos antes uns parcos e débeis raios de Sol. Uma montanha russa fora de época. Sem feiras nem bilheteira.

sexta-feira, janeiro 05, 2007



Cupido e Psiche, de Van Dyck.

Delicio-me devagarinho com a expectatitva do nosso próximo encontro. Desta vez sem ansiedade obsessiva, mas com um deleite que, como tu dizias noutro dia, deve advir da nossa maior intimidade, cumplicidade e frequência com que nos encontramos. É assim como chupar um rebuçado, suavemente, para que o sabor se entranhe em todas as células disponíveis. assim da mesma maneira como adoro que te entranhes em mim.

As sextas-feiras adquiriram uma misticidade nas nossas vidas...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Na véspera tivéramos um ataque de saudades. Rapidamente combinámos que na manhã seguinte, alheios ao mundo, nos encontraríamos algures. Como sempre foram horas de amor e entrega sem limites.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

AMO-TE

Sinto que vivemos num mundo à parte. Ainda hoje falámos sobre isso e cada vez mais me apercebo da sua existência. Será que é a magia de termos um mundo só nosso que faz da nossa relação, uma relação tão especial? Ou será que, de facto, somos nós que a fazemos especial?

Conseguimos à distância manter a sintonia de pensamentos, de movimentos.... telepatia, como eu costumo dizer.... abstrairmo-nos dos outros, das horas, do espaço, do tempo...

Um mundo só nosso....já pensaste bem nas inúmeras possibilidades?

Até já, meu amor.

Anoiteceu cedo. Prometera a mim mesmo eliminar a ansiedade da expectativa de um encontro. E prometera-te a ti. Não foi fácil. Tentei muito, mas felizmente fiquei sem saber se o consegui ou não, porque o desejo concretizou-se. Acho que, no fundo, eu não acreditava que fosse acontecer. Alguma coisa se atravessaria no nosso caminho. À última hora, um pequeno imprevisto, uma pequena contrariedade, um excesso de prudência, temia eu, deitaria tudo a perder. Aguentei estoicamente o teu sinal. Ao ouvir-te, finalmente, temi pelo pior. A tua voz não augurava nada de bom. A bem dizer, só acreditei verdadeiramente no momento de sempre: quando te vi ao meu lado, pronta e liberta para viver outro momento de excepção. Um verdadeiro hino ao romantismo, a nossa operação rotunda. Luzes que brilham, circulam, aparecem e num ápice desaparecem. Chegada. Estafeta. Partida. E novo sonho começou. Depois, bem depois, tudo mudou. Entrámos noutra galáxia. O último mini-fim de semana foi divinal. Uma calma, um bem-estar, uma alegria que há muito não sentia. O viajarmos, o estarmos entregues só a nós, o amor que fizémos, o acordar com a tua pele a embrulhar a minha. Verdadeiramente outra dimensão da vida.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Honey, Honey
by Benny Andersson, Stig Anderson & Björn Ulvaeus


Honey, honey – how you thrill me, aha, honey honey
honey, honey – nearly kill me, aha, honey honey
I’d heard about you before
I wanted to know some more
and now I know what they mean
you’re a love machine
(oh, you make me dizzy)


Honey, honey – let me feel it, aha, honey honey
honey, honey – don’t conceal it, aha, honey honey
the way that you kiss goodnight
the way that you hold me tight
I feel like I wanna sing
when you do your thing

I don’t wanna hurt you baby
I don’t wanna see you cry
so stay on the ground girl
you better not get too high
but I’m gonna stick to you boy
you’ll never get rid of me
there’s no other place in this world
where I rather would be

Honey, honey – touch me baby, aha, honey
honey honey, honey - hold me baby, aha,
honey honey you look like a movie star
but I know just who you are
and honey to say the least
you’re a doggone beast

So stay on the ground girl
you better not get too high

There’s no other place in this world
where I rather would be

Honey, honey – how you thrill me, aha, honey
honey honey, honey – nearly kill me, aha, honey honey
I’d heard about you before
I wanted to know some more
and now I know what they mean
you’re a love machine
(oh, you make me dizzy)

ABBA


Nós somos a ilha.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Fetiche

Nenhum amor do mundo devia ter acesso ao bilhete de identidade sem prévio baptismo em Sintra. Meu amor, mergulhar no nevoeiro invernoso do Eden de Byron é uma imposição de cidadania romântica. Espero-te.

Não há como começar bem o ano. Amo-te, meu amor. Feliz Ano Novo! Que o tempo novo seja cada vez mais teu e cada vez mais meu para ser cada vez mais nosso.