segunda-feira, janeiro 08, 2007

O nevoeiro forra as ruas e provoca uns fumos ascendentes nas águas do rio. Há uma certa decadência espalhada nas ruas com as luzes de Natal apagadas mas não desmontadas. O fim de festa deixa sempre o rasto de um vazio, de um vazio frio, triste, desnudo. As ruas estão desertas. As janelas cerradas. Pequenas frestas de luz dão sinal da vida das casas.
E eu quente por dentro. Feliz com uma tarde cheia, plena, perfeita. Repetir que fizemos amor como se tivesse sido a primeira vez? Repetir a plenitude que me és? Repetir a sensação única de te deixar explorar-me a teu bel-prazer como nunca nenhuma mulher conseguiu ou, se calhar, quis? Não, repetir não, porque é como se fosse a primeira vez que to digo.