segredodeamor


quinta-feira, novembro 26, 2009

Dói muito.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Sinto um vazio tão grande. O mundo à minha volta parece apenas cenário. Não consigo voltar a ligar-me a ele. Estou numa zona de limbo. Quero-te a ti ao pé de mim e sei que isso não voltará a acontecer, e não consigo separar-me desta sensação, deste sentimento de perda profunda. Seria tão bom que pelo menos através das palavras podessemos continuar a comunicar. Seria tão bom. Sei que era a tua forma de comunicação preferida. Sei que era através da escrita que exorcizavas os teus sentimentos. Não te acompanhei tanto no final, porque sentia que não podia escrever eu os meus sentimentos pois a tua força perder-se-ia.
Fui muito falsa no final. Fui, assumo. Fiz-me de valente, de forte, quando por dentro chorava, chorava a perda que sabia que iria ter. Não quis mostrar-te porque senti que por vezes era eu que te ajudava a lutar. Mas também sei que tu na tua douta inteligência sabias bem o que eu sentia por dentro. Enfim, fomos humanos. Tentámos proteger-nos um ao outro quando se calhar o que deveriamos ter feito era abraçarmo-noa um ao outro e despedirmo-nos nesse abraço.
Só fui sincera quando te encontrei já morto na cama de hospital. Aí sim, abracei-me a ti, e chorei, chorei tudo o ue queria chorar há muito tempo.
Amo-te tanto...

domingo, novembro 22, 2009

Não sei se ainda vale a pena escrever. Escrever para quê? Para afugentar demónios?
Não! Eles ganharam, ganharam!!!!
E eu sinto-me uma inútil e sinto-me mais sozinha do que alguma vez senti.
Rodeada de pessoas, de amigos, de familia, mas só, muito muito muito muito só.
Quando voltei a casa abracei-me aquilo que resta de ti. Tentei cheirar-te na tua roupa, no teu perfume. É doloroso, muito muito doloroso.
As lágrimas continuam a cair-me pela cara, não consigo pará-las. Não consigo.
Que probabilidades temos de encontrar a nossa alma gémea durante a vida? Poucas, acredito.
Eu encontrei-te a ti, mas Deus não quis que a vida nos sorrisse durante muito tempo. Não quis!!
E porquê? Porquê??
Hoje tenho muitas perguntas para fazer, muitas. Não consigo aceitar, não consigo perceber, não consigo entender o porquê de tu, meu amor, teres morrido, assim, com tanto sofrimento, com uma vida toda pela frente, com tanto amor que tenho ainda para te dar.
Este blogue já não faz sentido. Faz-me sofrer, muito, muito. Tenho de decidir, meu amor, se hei-de ou não acabar com ele. Se o hei-de apagar, simplesmente, ou se hei-de guardar um bocadinho de ti, aqui.
Não sei, não sei.
Queria que me respondesses. Nunca falámos sobre a morte. Evitámos a conversa, tal como a evitávamos a ela. Mas ela apareceu e eu sei que tu a viste antes de ela se apoderar de ti. Eu sei! Tu sentiste-a, vislumbraste-a. Eu compreendi. Perdi o amor da minha vida. Perdi-te. E amo-te tanto, tanto. Dói tanto, tanto.
Apagou-se a luz. Apagou-se tudo. Silêncio apenas.

sábado, novembro 21, 2009

Não desistas de lutar. Luta meu amor, luta!
Tu és o meu sol, não deixes que a noite caia sobre mim, sobre ti.
Não posso viver sem luz. É ela que me guia, que me aquece, que me dá energia.
Amo-te.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Quero debater-me com a fúria dos elementos. Quero lutar. Quero rasgar a roupa das mortes. Quero dobrar o vento que assobia à janela e que está a estragar a tua voz ao telefone, a chuva que faz uma melodia agreste quando embate no chão, um frio crescente que luta com o calor resistente da luta pela vida. Apetece-me lutar. O problema é depois não ter aqui o teu embalo, que é o sentido.

MERDA PARA AS PLAQUETAS!!!!!!!!!!!!!!!!


Renasceu-me uma fonte. Sinto uma força nova. As palavras que se saíram eram as mesmas. Só posso ter ido buscar a força da nova nascente às tuas entranhas, bem de dentro das profundezas de onde arranquei para o novo baloiço. As palavras são as mesmas mas saiem mais nítidas, mais perto das minhas, mais juntas do teu sorriso onde me deixei perder como se nele estivessem contidas todas as promessas do mundo. Onde em milhares de ondas me deixei mergulhar. E molhar.

A vida muda-nos invisivelmente todos os dias. Altera as rotinas e faz muito bem. Deixamos hábitos com muito maior facilidade do que suponhamos e instila-nos indelevelmente outros. De vez em quando, regressamos ao futuro. Regressei hoje ao futuro do amor.


Ir à profundeza do dínamo de onde brota a energia transformadora. Comecei por, um dia, partir de um até então ignorado dínamo de força que me esmorecia o Sol quando brilhava, a chuva quando chovia, o nevoeiro quando sombreava. Filigranas de ser, pontos misteriosos e de morada desconhecida e não reclamada. O começo, não sei para ir para onde. Só sabia que queria ir, partir, cansado de viver num ponto de onde não queria partir, ver nem viver. Mas fui e não sabia para onde. Mas fui e não conseguiria parar de ir, não conseguiria. E por onde andei meu Deus!, por onde andei, que ainda hoje não te sei dizer meu amor, a não ser que por andei estavas lá sempre tu. Parti agora de novo. Do mesmo dínamo, igualzinho dínamo, que me esmorecia quando o Sol brilhava. Sabia que tinha que ir, fosse para onde fosse que me levasse essa força misteriosa e indigna de um quotidiano galvanizador. Agora, parti outra vez. Quando a chuva já molhava e me não deixava molhar o deserto que só os meus olhos viam indefinidamente outra vez, à frente dos meus olhos a perdeer de vista. Filigranas desconhecidas de pontos arbitrários, sem visível sentido, que me deixaram partir. E parti. E veio mais força e inesperadamente veio mais força para partir outra vez. A dormir, parti seguro, sabendo que o teu braço, a tua mão, a tua voz não me deixa cair, tombar, desistir. Vou seguro sempre com medo de cair. Eu tenho medo de cair. Tenho, deixe-me eu cá de merdas de romance de cordel. O mistério, que até poderá até ser religioso, de fé, apenas, sem grãos de terra sólida onde me agarrar se cair. Até poderá ser, mas que parti na mesma. E sei que vou chegar onde nunca cheguei até hoje: ao amor. Eu nunca chguei ao amor porque não sei. Tenho uma desconfiança secreta para além da secreta que me serás sempre: é que lá não se chega mesmo e o resto são papéis molhados com tinta para negócio de livrarias. Apenas se procura sempre e chegar. O que nos levaria à ideia de que a felicidade não é estado que se alcance, apenas momento que dure. E, vê lá tu agora, eu vejo esse ponto que não sei se existe. Eu vejo. E ao vê-lo quero partir em cada instante porque vou chegar. Quando chegar sei que vou reconhecer esse Bassorá, onde lendas criminosamente destruídas pelos homens já lá fizeram Éden sem saber. Esta espécie de luz de ver o que a escuridão esconde é um momento raro de felicidade.

sábado, novembro 14, 2009

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Fernando Pessoa

SEGREDOS ETERNOS DE AMOR

SEGREDOS ETERNOS DE AMOR

Num limbo balouçante... vai e vem, vem e vai, e de cada vez que vai toca-te a pele, e de cada vez que vem toca-te a pele. Toca-te...

Mais, por favor! Lambuzemo-nos em sentifo próprio e em sentido figurado, ou então desfigurante.


Mais valioso que o ouro legítimo é o oxigénio legítimo. De lei. Da lei imperativa do amor que brota da nascente que sentimos, mas não vemos. Que ouvimos, mas não lemos. Que combusta, mas não arde. Que cura.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Melhorar, só de pensar, que vai acontecer o que ainda nem sequer ainda começou a acontecer. É psicologia a mover a verdade, que muda de realidade, só de pensar que vai acontecer o que ainda nem começou a mudar.

domingo, novembro 01, 2009

P A Z.