domingo, janeiro 21, 2007

A vida para além de nós. Nunca podemos viver uma só vida. Por muito que queiramos. Por muito que nos custe. Por muito que nos apeteça. Este fim de semana, para variar, andaste sempre nos meus pensamentos e no meu coração. Mesmo com os corpos distantes, ao contrário do que nos sucedeu no anterior fim de semana. Não sei como mas viajei por muitos lugares da tua terra em que vagueei a pensar em ti, a falar contigo, quando o segredo de amor era mais segredo. Percorri um roteiro de afectos e de sentimentos. Tentei visualizar o que estarias a fazer. Tentei visualizar a tua expressão. Imaginei como estarias vestida. Pareceu-me ouvir as tuas gargalhadas sensuais. Tudo para compensar o vazio de não poder tocar-te. E quando pude sentar-me no meu banco de jardim da Avenida não consegui evitar lembrar a última conversa telefónica que tivémos comigo ali sentado. E confortei-me então, no frio cortante que soprava, com o rasto da temperatura do teu corpo no meu que dura desde sexta-feira.