quarta-feira, março 21, 2007


Assobia o vento nas frestas
cerradas das janelas transparentes
e te vejo nos assobios insinuantes.
Traz-me o indizível aroma
dos poros do teu olhar repousado
no calor do meu amor suado.
Palavra por palavra,
assobio por assobio,
deposita-me, enfim, nos lábios
as palavras húmidas num corropio.