terça-feira, dezembro 26, 2006

Respirações
Passam os segundos, os minutos e as horas. Agora, nos teus silêncios nasce-me a ansiedade de te saber. Quero abraçar-te, beijar-te, ter-te nos meus braços e sentir-te desfalecer em sucessivos gemidos de prazer.
Nos meus passos, revela-se já um pequeno roteiro do nosso amor. Do histórico mas providencial quarto fantasma, onde pela primeira vez e inesperadamente dormimos, passando pela já tua rua de Lisboa, até ao local íntimo onde num inesquecível dia 1 de Dezembro te possuí com cheiro a rosas e ao som de muitas músicas adolescentemente envolventes dos nossos passados.
Vá para onde eu fôr estás no meu caminho. Já te disse e repito. Tanto quanto alcança a minha memória, nunca amei assim. Nunca tive um desejo contínuo. Nunca quis tanto saber de ninguém. Nunca ansiei a voz, o olhar, o gesto, os sons. Nunca, sobretudo, senti tudo isto ao mesmo tempo.