domingo, dezembro 24, 2006

Ainda havemos de ler os dois ao mesmo tempo. Livros iguais, livros diferentes. Nos intervalos de fazermos amor. A nossa entrega é uma sensação única que gostava de provar noutros domínios. Penso muitas vezes, para além da atracção física que sinto por ti, na forma como a consumamos. Na intimidade com que olhamos nos olhos um do outro a ler o que vamos fazer a seguir. Na intimidade com que pomos os nossos corpos ao serviço do outro. Intimidade, intimidade, intimidade. E o que significa isto? À vontade? Conhecimento? Prazer total? Eis no que penso pouco nataliciamente na noite de Natal. Só mesmo a ti o confessaria sem medo nem vergonha. Se calhar intimidade, afinal, é isto.