quarta-feira, junho 25, 2008

Talvez não acredites em amor à primeira vista. Bem vistas as coisas, também não foi a primeira vez que te vi. Mas foi a primeira vez que te senti. E foi a partir dali que passei a amar-te. Não estou a exagerar, é verdade. Foi a partir daqueles dias na Madeira que senti que afinal a minha vida ainda podia mudar e iria mudar. Talvez, ali, naquele dia, eu não achasse que poderia ser contigo que ela mudaria, mas foi apenas a certeza da mudança que se abriu aos meus olhos.
Naqueles dias conheci-te. Verdadeiramente, conheci-te. Um homem sedutor, irresistível. Como podia resistir-te? E no entanto, resisti, mesmo não querendo.
Já uma vez, a muitos quilómetros dali, embalada pelo desenrolar dos acontecimentos, pela distância, não consegui resistir, e arrependi-me tanto, tanto. Não valeu a pena.
E naquele dia, apesar de ter consciência de que as circunstâncias estavam longe de ser as mesmas, tive medo de sentir novamente aquele arrependimento de morte.
Pensei que se realmente me quisesses, me voltarias a procurar. Se não o fizesses, então eu tinha tido razão de resistir. Enfim, encontros, desencontros, de sentimentos, de desejos, de pensamentos confusos, que afinal foram o início do Paraíso que construímos. E eu amo-te tanto, que acho que tudo valeu a pena. Mesmo o ter resistido, naquele dia.