terça-feira, abril 29, 2008



Da minha varanda vejo a Lua. Partiste há pouco. O teu cheiro ainda paira na sala, como naquela música da Adriana Calcanhoto ("ainda tem o teu perfume pela casa..."). A Lua inspira-me, ofusca-me com os seus raios de magia que me envolvem e me fazem voar.
Hoje olhei-te nos olhos e disse-te que sou FELIZ. Nos dias que correm, é preciso ter coragem para assumir que a vida, que corre rápida como as torrentes de água nos rios de Inverno, por momentos parou, olhou para nós e sorriu de felicidade. Os teus olhos doces e meigos, as tuas mãos carinhosas. Em cada pedaço do teu corpo que poderia até estar separado, eu vejo um gesto de ternura, uma expressão de amor. E isso, para mim, é a FELICIDADE. Viver uma vida cinzenta, como já vivi, sem a paleta de cores do mais louco pintor, um Van Gogh, talvez, é algo que está, neste momento, muito longe e que, tão depressa, não quero reviver. Van Gogh mutilou-se. Talvez porque a sua loucura de cores e de pinceladas desgovernadas o impedissem de perceber que a vida lhe sorria, lhe dizia que ele era o génio transviado da sua geração. No que me diz respeito, as cores harmonizam-me a vida que se pinta de arco-íris, com inscrições do teu nome.

2 Comments:

Blogger Teia de Textos said...

Você é inspiradora, Secreta!
Abraços!

6:31 da tarde  
Blogger Queenie said...

LIndo!!!

3:33 da manhã  

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