terça-feira, dezembro 11, 2007

(Coração de filigrana)

Na noite fria não resisti a serpentear pelo roteiro dos neons da época. Foi mais forte que eu. Quis saborear o ar da noite. Aceitei um desfaio com a temperatura e pus o prazer emocional à frente do comodismo do conforto. Andei por ruas desertas. Eu e as montras iluminadas umas, tristemente escuras outras. Mesmo algumas das iluminadas me pareceram tristes. Eu é que não. Encontro-me possuído de uma estranha alegria, de um bem estar único. É por te sentir junto de mim, mesmo que estejas aí e eu aqui. E, enfim, recolhi, sereno mas feliz por te amar e por ser amado. Ao contrário do que eu pensava, amar não é difícil. O que é verdadeiramente filigranico é amar quem nos ama.