A janela está aberta. O ar fresco deste Verão mentiroso invade a sala. Aqui, exactamente no mesmo sítio onde vezes sem conta te esperei, quando visitavas a liberdade na minha terra. Horas de ânsia, de expectativa, de certezas incertas. Saltito de leitura em leitura, sem que nenhuma me agarre. Ao fundo, a música de ti acompanha-me. Não sei o que me apetece fazer. Espero apenas o tempo de te voltar a ver. Bem pode o Verão ser mentiroso. Desta vez, suporto bem a traição emocional que as nuvens fora de época me cometem. Tu és o meu Verão, porque estamos no Verão, ao que dizem. Tu és, isso sim, a minha estação.
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