domingo, julho 15, 2007

Assim que sais e o veículo te leva de volta para longe de mim, sinto uma necessidade, um impulso irresistível de vir aqui. Sabia que tinhas escrito. Queria saber o que tinhas sentido enquanto me esperaste. Não me desiludi.
O teu à vontade é tudo o que desejo. Quero que te sintas contigo quando estás comigo, com os meus objectos que, agora, são teus também. Um aconchego de alma, assim, é difícil de encontrar. Lá longe, na festa, no meio de pessoas, que me pareciam estranhas e que afinal conheço há anos, o meu coração estava longe e o corpo desejoso de o acompanhar. Tudo parece deslocado quando não posso estar perto de ti. Tal facto só se explica com a complementaridade que a nossa relação me dá. Fora dela, sinto uma falha, um lapso, um hiato, que desvanece assim que caio nos teus braços. Aí sim, recomeço a viver plenamente.