sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Provas de amor. Será mesmo preciso provar que o amor existe? Quando ele é omnipresente, quando ele se difunde pela pele, pelos órgãos, pelos sentidos até. Um olhar distante, lá longe, perto de ti, uma mão insensível que retém a memória do teu toque, um ouvido que não ouve os ruídos quotidianos, abafados pelo suave som da tua voz, um degustar continuo dos teus beijos, as memórias odoríficas que permanecem da última noite de amor. Provas de amor. Será mesmo necessário? Apesar de tudo, apesar do amor, somos humanos e vivemos nessa condição, agrilhoados à vida efectiva. E por isso esse germe humano floresce e vamos trocando provas de amor. Fazê-lo sentir um ao outro. Mais que não seja para que o outro saiba que ele também o sente, na pele, nos órgãos, nos sentidos. Sim, porque a fusão é real, a consonância de pensamentos também, mas somos dois seres distintos, que, apesar de tudo, se completam. Essa é a magia do amor.
Muitas vezes não te digo logo tudo o que sinto, não me perguntes porquê. Acho que faz parte de mim ser assim, um ser que gosta de dissecar sentimentos (como já te tinha dito). Mas agora chegou a hora de te dizer, de o deixar aqui escrito, como testemunho de um momento, de mais uma liberdade alcançada.
No fim-de-semana passado ofereceste-me o mais belo testemunho de amor. Encheu-me a alma, libertou-te o espírito e senti-te meu, mais do que nunca.
Sou humana, continua a oferecer-me provas de amor, que eu na minha condição de humana tentarei responder-te da mesma forma.
Amo-te!