terça-feira, fevereiro 13, 2007




Lembro-me de quando era criança e me apercebi do que era a morte. Chorava baixinho, sozinha na cama, com o medo que sentia, a tristeza que me invadia, quando pensava que iria um dia perder os entes queridos, aqueles que me amavam e que eu amava com um amor incondicional, um amor que se diluía pelo sangue compartilhado.
Passados uns anos a vida envolveu-me de tal forma que me esqueci da morte. A batalha era diária, as contrariedades também e a morte era apenas mais uma que existia desde a génese. Habituei-me à ideia da sua existência.
Hoje sofro novamente como a criança que já fui. Não sinto o mesmo medo, mas é um medo semelhante. O medo da perda, da privação de algo maravilhoso que possuo, de algo novo, brilhante, explosivo, esplendoroso, deslumbrante. O teu amor.