sábado, dezembro 30, 2006

Aqui estou, finalmente, a beber as tuas palavras. Sonho com elas de noite, espero por elas durante o dia. As palavras escritas, aqui afixadas como prova do nosso amor. As palavras escritas, enviadas, numa tentaiva de vencer a saudade.
O que eu desejo, o que tu desejas é que elas sejam ditas, faladas, em horas intimas, só nossas, quando o mundo lá fora deixa de existir. E mesmo quando, inevitalvelmente, ele continua a existir, que bom é abraçar-te, (quase sem receio que os fantasmas me surpreendam) que bom é beijar-te no meio da multidão anónima. Seres meu, ser tua, pertencermos ao mundo, sem segredo.
Na minha lista de inimigos estão apenas os dias em que não posso estar contigo. O que provoca essa impossibilidade torna-se irrelevante face à contrariedade de não poder falar contigo olhos nos olhos, mão na mão, corpo no corpo.
Amo-te! Desejo-te! Quero-te!
Espero que mais uma vez possamos dizê-lo um junto ao outro.
Aguardo, pacientemente, que as contrariedades hoje me deixem de folga.