terça-feira, novembro 28, 2006

Estas últimas semanas têm sido talvez as mais dificeis que já tive na minha vida. Uma vida vivida sempre em função de outros, de ideais aceites, mas talvez não desejados. Uma angústia que me tem invadido completamente os pensamentos, a pele, o corpo. Sinto-me débil, fraca, quando afinal estou, provavelmente, a passar a fase mais dura da minha vida. Não é fácil ser feliz vendo a infelicidade de outros, que no fundo, sempre nos quiseram ver felizes. É, de facto, difícil lutar pela nossa felicidade. Quando é que a atingirei? Talvez quando conseguir afuguentar todos os fantasmas que agora me inundam as noites. O dia é sempre melhor companheiro.
Tu preenches-me uma parte dessa felicidade. Sei também da angústia que tens passado, com a minha ausência, com a minha transformação. Esta ausência deve-se sobretudo ao estado de espírito. Não me perdeste. Estás apenas a começar a conquistar-me, plenamente.
Também eu já passei por essa fase, que tu estás a passar, e tu já passaste por esta que eu tento ultrapassar. Cruzamentos, encruzilhadas da vida, coincidências ou consequências? Um dia saberemos responder a tudo. Um dia de sol radioso, com o vento a tocar-nos o rosto.
A única diferença é que eu não senti a tua transformação como tu estás a sentir a minha. E nessa altura achava que era indiferença. Tu sabes que não me és indiferente. Tens sido o meu confidente. Tenho sido talvez demasiado cruel, ao desabafar com alguém que me quer tanto. Falar de problemas que não são fáceis de resolver e que provocam desconforto. Mas, talvez também isso nos aproxime ainda mais. Dizer que te amo é o mais fácil de tudo isto. É a certeza absoluta.
Amo-te!