segunda-feira, abril 07, 2008

Imagino que te foste deitar.
Parece que te ouço respirar,
braços estendidos
espalhados na cama
à procura de mim.
Eu não.
Estou assim, acordado,
meio deliciado
com os teus sons que guardo
cá dentro.
Saboreio este silêncio total
das ruas estreitas
de onde parte o meu amor
sobrenatural
voando sobre um ninho de telhados,
alameda acima em torpor
até pousar no beiral
dos teus sonhos.