Um frio outonal entra pela janela dentro. Faz lembrar o Inverno que se aproxima e quão enganador é o Verão retardado que vivemos. Há um ano ainda éramos proibidos, ainda éramos segredo total, ainda éramos só música no ar. Já éramos fogo a arder. Labaredas de olhar. Chamas de corpos incandescentes de desejo. Mas ainda segredo. Apetece-me celebrar a liberdade. E dedicar-ta. A minha liberdade que hoje és tu.
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