domingo, setembro 30, 2007

Muitas primeiras vezes

É uma torrente de emoções novas que tenho desde que te conheço. Hoje estreei outra emoção nova. Estar sózinho sem estar. Estar aqui contigo e sem ti. Abrir a boca para comer o crepe prometido e sentir o cheiro da tua boca a envolver-me as narinas, sobrepondo-se aos aromas próprios de uma pastelaria. Despir-me e sentir os aromas do teu corpo que o gel de banho não conseguiu eliminar. Abrir o computador e ler-te os pensamentos e ver as representações dos teus afectos. Ouvir o silêncio das noites de Domingo na judiaria que só conheço das segundas-feiras. Lojas fechadas que costumam estar abertas e outras, abertas, que costumam estar fechadas. Ver a luz da tua casa que sinto minha. Provar a ceia artesanal que construí sem ter saído da cama onde voei, voei, voei sem limite nem condição. Sonhar de novo contigo até daqui a umas horas, quando costumo estar a fazer a mala que está ali ao canto, desfeita. e, a rainha das emoções novas, que é fazer amor contigo em entrega total. É sempre a primeira vez. Com a vantagem da intimidade total, que a cronologia, por natureza, não consentia quando a numerologia se estreeou nos nossos corpos.