Era uma aldeia perdida das faldas da Serra. O Verão parecia querer despontar em força. Estávamos sós no imenso comensário. Falámos por todos. De todos. De tudo. Sem parar. Por acaso até jantámos, o que no contexto, foi puramente secundário. Já noite, ainda o ar de dia vigiava discretamente a vida. Havia mais luzes do que o costume na cidade. Havia festa. As ruas estavam feéricas. Numa avenida de luzes sem gente apertámos outra vez o cerco. Cada vez mais perto. Cada vez menos às escuras. O amor não se contém nem se aprisiona. É tão raro que enquanto dura só admite a liberdade.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home