sexta-feira, junho 01, 2007

(O Sol sábio)

Pelas janelas escancaradas e por cima das copas frondosas das árvores fronteiras, o Sol entrava no quarto. Com raios potentes e intensos, tocava-lhes a pele húmida e suada. Dir-se-ia que era Verão e com o calor tinha dilatado os corpos até à explosão das seivas do corpo. Mas não era. Era apenas Inverno. O tempo tinha só decidido acompanhar as almas que se projectavam e entregavam nos corpos, sem quartel. Só foram interrompidos pela concierge que tinha ido entregar o cinzeiro que não existia nos quartos de não fumadores.