sexta-feira, abril 13, 2007

Estava um Sol rasgado, que embrulhava um calor de Verão. Outra vez o mesmo calor enganador que extasia os corpos massacrados do frio e da chuva. Tínhamos acabado de fazer amor, eu ainda não tinha propriamente regressado à terra. Tu, já a caminho da tua nova aventura, mais bonita que nunca. Tínhamos revivido as aventuras secretas de quando éramos só atracção à distância e irreprimível tentação. Hoje, amor pleno, paixão, constante, a atracção é mais forte e a tentação, permanente. Fizémo-lo, como dois adolescentes, exactamente no mesmo canto secreto de antes, bem provocatoriamente no meio da multidão andante. No carro, oiço de súbito a Chuva de Prata. Não voltei a pensar em ti, apenas porque não tinha deixado de pensar em ti.