terça-feira, dezembro 05, 2006



Uma liberdade quase alcançada
Parece que já não me lembro daquela época em que fugidiamente te ligava, sempre com medos, com receios, com ansiedade, em segredo.
Hoje as coisas estão mais simples, mais soltas, porém em segredo.
Ligar-te à hora que me apetece, de dia, de noite, de manhã ou à tarde, são pequenas conquistas que agora, devagarinho, me começo a aperceber que foram conquistadas com esforço, a pulso, mas sempre em segredo.
Amar-te em segredo. Pensar-te em segredo. Desejar-te em segredo. Sonhar-te em segredo. Encontrar-te em segredo.
Secretamente temos conquistado a nossa liberdade e secretamente a continuaremos a conquistar, até o dia, o esplendoroso dia, em que achemos que o segredo já não faz sentido numa relação sentida, assumida e maravilhosa que é a nossa.
Por ter sido sempre tão sofrida, esta conquista pela liberdade, vamos gozá-la como nunca alguém a gozou, vamos partilhá-la um com o outro, degustá-la segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia.
Saborear cada momento único que já passámos e cada momento inesquecível que iremos passar.
Amo-te!